Archive for Janeiro, 2007

h1

O direito à vida e a um belo bife

Janeiro 31, 2007

Seguindo a linha do referendo sobre o aborto a 11 de Fevereiro (vote sim, não ou em branco (não votar não é o mesmo que votar em branco!) mas vote e de preferência em consciência e não porque a celebridade X é a favor duma ou outra coisa).

Bem continuando o que estava a dizer antes daquele extenso mas necessário parêntese (o qual inclui até um parêntese!), seguindo a linha de referendos em Portugal, aproveito para mostrar aqui cartazes do próximo referendo em Portugal, cuja pergunta será:

“Concorda com o assassínio propositado de outras formas de vida para garantir a sua sobrevivência?”

NO THANKS!

O RLY?

YA RLY!

NO WAI!

Como sempre a discussão será saudável, esclarecedora e sem propaganda-choque.

h1

Definição de humor inteligente

Janeiro 18, 2007

Humor inteligente é aquele em que quem não percebe onde está piada ri-se porque não percebeu, mas não quer ficar mal e quem percebe não se ri, mas pensa: “Epá, isto tem piada!”.

Aqueles que acham o humor inteligente idiota, são o que acham deste mesmo.

h1

A Idade Das Trevas parte 2

Janeiro 16, 2007

Uma Idade das trevas normalmente é descrita como um período de inexistência de registos históricos, um período de ignorância da sociedade devido à fraca proliferação da informação e avanços tecnológicos, um período de tirania, de injustiça e/ou desrespeito por direitos humanos ou a combinação destes todos.

Adicional: Uma Idade das trevas não é um período onde há muita gente entrevada.

Ora, a descrição mais usada é exactamente aquela duma sociedade ignorante por falta de informação, ou por falta de educação (de maneira a poder ler a informação).

Eu na minha humilde opinião acho que se está a viver uma Idade das Trevas, devido, mas não limitado, ao excesso de informação.

Há informação a mais, há demais informação errada, há informação subjectiva e descaradamente parcial, há informação irrelevante, e o pior disto tudo é que quem vê gosta.

Nota: Apesar de assim o parecer não, não estou só a falar da TVI e do Correio da Manhã.

Vivemos num mundo em que se um polícia dá um tiro a um criminoso, é abuso de poder, o polícia vai a tribunal fica sem o seu emprego e ainda vai preso e/ou paga multa.

Vivemos num mundo em que quando um preto e um branco (ou inserir duas raças diferentes em vez de “preto” e “branco” e substituir ao longo deste pensamento, sendo a primeira raça uma minoria em relação à segunda) andam à bulha, o branco é concerteza racista, nazi, e o coitadinho do preto não fez nada.

As pessoas olham para o jornal e em vez de vir em destaque uma problemática que afecta a vida de todos nós e que merece e deve ser debatida, vem o golo de não sei quem no jogo do fim de semana, ou a Maria Laurinda que se separou do Zé Tóne pela 50ª vez e que vai na sua 500ª plástica.

Não há distinção entre entretenimento e informação, e mesmo quando o há, ninguém o sabe distinguir. Hoje em dia todos sabem ler e escrever (ou quase todos) mas ninguém sabe processar informação (ou quase ninguém).

É uma época em que temos o conhecimento à distância duns cliques, à distância dos dedos com uma quantidade quase infinita de livros. E aquilo que se escolhe ler é leitura de casa de banho, entretenimento barato sobre relações interpessoais absurdas fictícia (olá escritores tipo Margarida Rebelo Pinto) ou mais ou menos real (olá Caras e afins).

E comem-se Morangos e reza-se às fadinhas para a vida melhorar enquanto se “narcolepsa” a mente com o mais recente merchandise da série sem conteúdo mais recente.

Temos jovens para quem a liberdade não é nada mais que “fazer o que se quer” pensando apenas no próprio umbigo e insultando tudo e todos os que se oponham. Jovens cujo sonho é serem gangstas e criminosos, que não pensam nas consequências das suas acções, e que não se arrependem delas.

Jovens são jovens, já todos nós fomos ou somos. É a normalidade da marginalidade que me assusta. É normal lixar o amigo ou roubar o irmão porque se é mais esperto que ele, se se roubar o indivíduo desconhecido é algo de maior respeito! Ninguém pode confiar em ninguém porque “estamos sozinhos na vida”, porque o que hoje nos apoia, amanhã é o nosso maior inimigo.

Defendem-se ideias de trazer por casa, retirados dum qualquer cd (mais de mp3, quem é que usa cd’s hoje em dia? Pagar quando se pode ter à borla? Óbvio que ninguém merece ser pago pelo seu trabalho!) da mais recente “poeta” que nem sequer sabe cantar e que pelos vistos nem sabe o que é poesia. São os precursores da poesia urbana pois pelos vistos nunca ouviram falar de fado. É um debitar de palavras incessante num ritmo repetitivo como que um martelo que vai batendo até fazer o seu trabalho. E quando isso está enfiado na cabecinha não há quantidade de lógica que retire a parvoíce de lá.

E assim se vive numa sociedade de medo, tirana, não pelos seus políticos, mas pelo perigo que pode vir de qualquer lado, só porque alguém não gostou do nosso olhar, ou porque estávamos sentados onde não devíamos (porque pelos vistos voltámos à prática animal de demarcação territorial).

Mas da pior idade das trevas há um renascimento, até porque acredito no equilíbrio universal e quando há qualquer coisa que é tão podre e infértil é porque de certeza que vem aí algo melhor. Ou então a humanidade pode continuar a surpreender-me e ir-se ainda mais fundo que isto.

Como dizia Einstein: “Duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana; e não tenho tanta certeza sobre o Universo.”

h1

Aborto (ou que comecem os jogos)

Janeiro 15, 2007

Para já, começo dizendo que vou tentar escrever este post da forma mais sucinta que me fôr possível. Todos sabemos que esta é uma questão que envolve muita coisa, sentimentos, moralidade, religião, política, justiça, cultura, enfim, é um daqueles assuntos que quando se começam a debater acabam sempre em sangue (piada de mau gosto não propositada).

Em primeiro lugar, definição de aborto:

Interrupção voluntária ou involuntária da gravidez.

Aqui vamos debater então a interrupção voluntária da gravidez, não a involuntária (que acontece pelos mais variados motivos), nem pessoas extremamente idiotas (vulgo abortos).

Não sendo um especialista médico, político ou algo nesses vou apenas dar a minha opinião, que vale o que vale, é escusado virem comentar para aí a dizer que sou uma abécula e que não percebo nada disto, porque apenas estou a mostrar um ponto de vista moderadamente informado acerca do assunto.

Definição de despenalização do aborto:

Ora, a despenalização do aborto até às 10 semanas, não é a obrigação de todas as mulheres abortarem durante essa janela de tempo, não é sequer um método alternativo ao uso do preservativo, é um prazo, um prazo para pensar. Porque ter um filho não é algo leviano, não é como pegar num cão na rua e levá-lo para casa. Um filho precisa de uma boa educação, de atenção e carinho dos pais. Um filho não é um brinquedo que se tem e que depois quando cresce só traz chatices, não é também uma obrigação do casal depois de se casar. Um filho não é só um filho, é também uma nova vida.

Aborto? Em que situações?

Neste momento em Portugal só é possível abortar legalmente pelas seguintes razões e nos seguintes prazos:

– Se a gravidez puder causar risco de vida ou de grave lesão para a saúde física ou mental da mulher e for realizado até às 12 semanas.

– Se o feto sofrer de doença ou de um grave defeito de nascença e for realizado até às 24 semanas.

– Se a gravidez resultar de um crime sexual (uma violação por exemplo) e for realizado até às 16 semanas, não sendo necessário que haja queixa policial. Nas situações permitidas a interrupção voluntária da gravidez pode ser realizada quer em clínicas particulares quer em estabelecimentos públicos.

Se a mulher não quiser por outra razão (vamos ver quais adiante) abortar, terá de o fazer ilegalmente, na maior parte dos casos sem as condições mínimas para efectuar este procedimento e arriscando a sua própria vida no processo arrisca-se a 3 anos de prisão. Sim, são 3 anos de prisão por uma decisão que inclui o próprio corpo da mulher e um feto (ou nem isso).

Isso, ou se tiver posses vai a um país onde o aborto não seja penalizado.

Ou seja, quem tem posses e deseja abortar vai continuar a fazê-lo, quem não tem e também decide que não quer ter um filho…

Razões para abortar:

Obviamente as questões actualmente previstas na lei, são qualquer uma delas situações limite que não são condenáveis (excepto pelas mentes mais fechadas).

Mas que razões mais poderão existir para uma pessoa poder abortar?

Inúmeras.

Podem não existir condições monetárias, podem não haver condições psicológicas, pode a mulher não querer educar um filho por qualquer razão que a ela lhe pareça válida. Claro que se uma mulher escolher não ter um filho, tem de ser acompanhada por especialistas a vários níveis, tem de ser uma decisão sem dúvidas, sem coerção e em plena consciência. Porque esta decisão tem a ver com o domínio do corpo da mulher, mas também com uma vida que está para nascer.

Mas antes de tudo, têm de se divulgar os métodos contraceptivos e estes têm de ser usados se a mulher não quiser engravidar. Este é o 1º passo. Se a decisão de não ter um filho começar antes de qualquer relação sexual, não há decisões difíceis a fazer. Claro que os métodos contraceptivos não são 100% infalíveis (alguns rondam, mas nunca são 100%), esta pode também ser uma das razões para abortar, falha de um método contraceptivo.

Porquê despenalizar o aborto até às 10 semanas?

De notar que o acto propriamente dito de “abortar” não é muito difícil. Achar alguém que faça esta operação na ilegalidade nem é assim muito difícil, basta falar com uma pessoa, que conhece outra pessoa, que conhece outra pessoa que faz isso em casa e sem condições nenhumas, basta cair dumas escadas, se não der cai-se outra vez e vai-se para o hospital a dizer que se escorregou “sem querer”.

E no meio disto tudo, onde está a dignidade? Onde está o direito de escolha que a mulher tem?

E porquê arriscar-se a ir presa 3 anos? Quando a culpa interior já é suficiente, quando a decisão foi tão difícil a tomar? O acompanhamento psicológico tem de continuar depois da intervenção, pois a decisão tomada está lá para sempre.

A Decisão

A maior parte das pessoas ainda pensa que com a despenalização o que vai acontecer se resume nesta frase:

“Epá António, tou aqui a pensar e vou hoje à clínica fazer um aborto. Volto daqui a 30 minutos.”

Decidir que não se quer ser mãe tem muito mais que isso, há todo um pensar nas consequências, pensar numa vida que não vai existir porque assim se decidiu. É uma decisão séria, tem de ser, uma decisão ponderada ao extremo e não pode ser coergida por ninguém. Isto é um ponto sério.

Não podem haver abortos simplesmente porque o Manel casado com a Maria não quis usar preservativo e depois “logo se via” e o “logo se vê” é um: “Agora tens de abortar porque não podemos ter um filho Maria!”.

Se pensarmos assim, vemos a importância dos métodos contraceptivos e a importância de pensar logo na questão da possibilidade de engravidar quando se escolhe um parceiro sexual e/ou amoroso.

A decisão tem de ser da mulher e apenas da mulher, e se tiver um companheiro este tem apenas de apoiar a sua decisão.

Coergir alguém a abortar isso sim, deve ser considerado crime (se já não o é) e deve remeter o/a indivíduo/a para uns bons aninhos num hotel prisional.

Vida ou algo que não sabemos explicar?

A questão que mais se mete é se oque está ali até às 10 semanas no útero da mulher não será uma forma de vida e assim o aborto é um caso de assassínio em que a vítima não se pode defender.

Bem, não sendo prepotente como a maioria dos membros do clero, ninguém sabe o que é a vida. Ninguém sabe quando começa. Mas pode-se imaginar o que essa vida será, e que condições lhe podemos dar para viver.

Há pessoas que se queixam das suas condiçõse de vida, que ameaçam suicidar-se, que prefeririam nunca ter vivido. Muitas das vezes são desabafos, da boca para fora, outras desejos recalcados não assumidos pela vergonha.

Se uma mulher imaginar que o seu filho vai ter uma vida infeliz porque não tem condições para o educar, não tem o direito de ser misericordiosa? Sim, porque ser misericordioso não é apenas deixar viver, é saber quando deixar morrer e às vezes matar (estou a olhar para ti eutanásia).

Não se pode fazer uma relação directa da infelicidade versus não-nascimento. Mas é isso que torna a decisão da mulher que escolhe não abortar apesar de todas as adversidades ainda mais grandiosa, é o facto de poder ter a escolha e mesmo assim decidir lutar por uma vida.

Onde vou meter a cruzinha no referendo?

A minha opinião é que sim. o aborto deve ser despenalizado até às 10 semanas, tendo em atenção os vários pontos que foquei anteriormente.

Não é uma questão de acharmos que somos contra ou a favor do aborto, é a questão de sermos prepotentes ao ponto de pôr na prisão mulheres que na sua liberdade e plena consciência escolhem abortar.

Finalizando:

Ao escrever este post, apercebi-me da ignorância que ainda tinha sobre este assunto, e que tive de pesquisar muito para perceber certos assuntos e inclusive para saber o que é legal neste momento.

Acho que isto é fundamental, estar informado, quer se seja a favor da despenalização ou não, é ter plena consciência das implicações que a nossa decisão vai tomar na nossa vida e na dos outros.

Tenho a certeza que deixei muito por dizer, mas não me quis alongar e nem tenho capacidade para debater este assunto a fundo (acho que ninguém tem, por muito que o ache).

Já agora aproveito para dizer:

Comentem apenas se tiverem algo de jeito para dizer e se pensarem naquilo que vão dizer. Eu sei que pensei bastante para fazer este post. Este é um assunto sério, não o minem com meias palavras, decisões apressadas, impulsos e comentários sem o mínimo respeito gramatical.

h1

Entrevista Assim-Assim

Janeiro 11, 2007

Não sei se fui o ùnico que reparou no enorme nervosismo de Ricardo Araújo Pereira na Grande Entrevista.

Eu só tenho uma explicação:

O Ricardo Araújo Pereira nutre uma paixão secreta pela Judite de Sousa.

E é óbvio que lhe foi muito díficil passar aquele programa inteiro sem se declarar. Eram os tiques, era o bloquear de ideias, era o enrolar-se todo.

Ora aqui vai uma ideia para um sketch dos Gato Fedorento: E que tal uma imitação do Ricardo Araújo Pereira na Grande Entrevista?
Eu até tenho uma sugestão ousada e inédita, e que tal se fôr o Ricardo Araújo Pereira a fazer a imitação?
Será que tal acto causaria uma distorção humorístico-temporal? Será que os Gato Fedorento arriscariam a vida de milhões (valor aproximado) de pessoas e de uma (1) andorinha africana por uma piada?

Será que este post não faz sentido?
Não perca o próximo post, no mesmo f-sítio, à mesma f-hora! (ou seja, qualquer hora que me dê na gana escrever sem razão sobre uma particularidade deveras insólita e insignificante)

Contagem de “Ricardo Araújo Pereira” neste post: 4.

Contagem revista de “Ricardo Araújo Pereira” neste post: 5

Contagem actualizada de “Ricardo Araújo Pereira” neste post: 6

Contagem… (hmm, algo me diz que este método de contagem de “Ricardo Araújo Pereira” em posts é algo falível)

h1

Menino imita execução de Saddam

Janeiro 5, 2007

“Menino de 10 anos imitou execução de Saddam e morreu”

Ainda me lembro que no meu tempo tentava-se imitar o super-homem, saltando do 5º andar e assim, agora imitar a “execução” de quem quer que seja bate um recorde de estupidez infantil.

Eu quando era puto lembro-me de imaginar que era o homem-aranha e que me colava às paredes, mas não tirava os pés do chão à espera de me colar mesmo…

Creio que, talvez, esta criança tenha feito algo que lhe pareceu divertido sem ter a maturidade emocional e psicológica para pensar no que fazia” – comentário de Edward Bischof, psicólogo.

Só nos Estados Unidos para uma coisa como uma execução parecer divertida, bem, estamos a falar do estado do Texas… O estado donde vem o sr. Bush (para quem não percebeu, este senhor não é o culminar da inteligência ou sequer da boa educação).

Há outra coisa que me intriga, será que os americanos andam com os putos de 10 anos no carrinho de bebé ainda? Não tem maturidade psicológica? Ok, aceitável… É estúpido que nem uma porta e não tem a noção que uma execução implica morte? Err… Alguém anda a superproteger os jovens americanos quer-me cá parecer.

Será que este menino também vai ser considerado um mártir que se opõe aos Estados Unidos, capitalismo, etc, etc?

Bem, não sei, mas que merece um Darwin Award, merece. E recebe o meu prémio de factor F-ismo, sem dúvida, no que se traduz no mais jovem premiado deste galardão.

Se este post, não servir para mais nada, então que sirva para várias crianças como um aviso: Se aguma coisa parecer muito mas mesmo muito divertida e superpoderosa (ou neste caso pós-tirânica) e não estão com um adulto responsável ao pé, então não o façam, porque provavelmente é uma coisa muito muito causadora da vossa morte. 🙂 E lembrem-se que se forem muito muito novinhos, os vossos pais fazem um novo e esquecem-se de vocês. Se forem mesmo muito muito novos e não conseguirem ler, então desliguem a internet, porque provavelmente andavam à procura de porn seus porcos! “Gugu dádá é xó pa ver imaxéns!” ‘Tou de olho em vocês seus caga-fraldas.