Apesar de toda a gente pensar que engenharia informática (em qualquer lado e não apenas no ISCTE) é assim uma espécie de curso vanguardista, com alunos equipados com o mais recente soft/hardware, com visores lcd em óculos todos espaciais e foguetões no rabo, isso não é bem assim.
(agora digam lá se esta introdução não vos puxou o interesse para o resto do artigo?)
A engenharia informática na verdade pode-se comparar à magia, e não é aquela em que se tira um coelho duma cartola ou um conjunto de panos coloridos do rabo de alguém (atentem, é a segunda vez que digo “rabo” neste artigo), estou a falar daquela magia “a sério”, daquela dos livros de fantasia (se alguém disser Harry Potter, já são três vezes neste artigo que se falou num rabo).
Claro que toda a gente espera que eu agora termine esta fascinante comparação, então aqui vai:
Toda a gente sabe que na magia, os feitiços mais poderosos são os mais antigos, de tempos de trevas, e aqueles que ninguém pode pronunciar pois causam desequilíbrios no mundo, dão azo a catástrofes, criam livros de fantasia, e escritores de fantasia com os bolsos cheios de guita (sim, porque qualquer livro de fantasia que se preze tem um feitiço arcano qualquer pronunciadao e lá vêm depois os heróis trabalhar em horas extraordinárias para salvar o mundo). Ora, em que medida isto se relaciona com programação? Nada? Dirão vocês (e muito provavelmente com razão, mas claro que eu vou inventar qualquer coisa para vos refutar a teoria seus míseros e pouco imaginativos discípulos de JAVA).
NA VERDADE, muitas vezes se ouve nas aulas (e mais do que se esperaria neste tipo de curso) a infame frase: “É à ANTIGA!!”, proferida entusiasticamente por vários professores e por vezes mesmo por alunos.
É incrível ver como o curso mais ligado às tecnologias tem no seu seio (tiveram sorte aqui, era pa escrever “rabo” que assim aparecia 3 vezes, ou quatro para os que falaram no HP) pessoas que prezam tanto o fundo histórico e quase mitológico dos primórdios binários. Aliás, houve gente que se divertiu a fazer o trabalho em assembly e que disse que era melhor que essas linguagens de programação novas. Pecado amigos!!!! Pecado eu vos digo! Programação à antiga em binário e a mexer nos flip-flops.
No entanto lembrem-se, que o que estamos a aprender agora estará desactualizado em algum tempo, e futuramente isso será o “à antiga” e gritaremos juntos num jantar do curso em 2026 (quando toda a gente o tiver acabado): “SOMOS DA VELHA GUARDA!!! JAVA RULES!!!”. Enquanto pasmados jovens olham para nós e dizem:”Um dia quero ser old schooll! Vou para informática!”
Muitos abraços e e linhas de código para vocês todos. Que o Commodore Amiga esteja convosco!